Chevette 76 quer
250 km/h; motor |
Muitos adeptos de preparação, ao verem alguém com os projetos , ficam se indagando: "O que leva alguém a querer investir em um velho Chevette? Não seria muito melhor pegar este dinheiro e comprar um carro moderno e potente?" Mas quem indaga algo assim não imagina o tanto que a paixão permeia o mundo da preparação. O caso aqui realmente não é dinheiro, dificuldade técnica ou qualquer outro fator racional. Talvez esteja pensando que seja muito mais divertido assustar outros proprietários de carrões -- como o Omega -- com um "lobo em pele de cordeiro". Mas que a questão é emocional, não há dúvida. E neste caso a preparação pode fazer muito para tornar o Chevettinho bem mais emocionante. |
As curvas de potência (as mais altas) e de torque estimadas para o Chevette 1,4 original (em azul); com turbo (em verde); e com motor GM 2,4 Família II (em vermelho) |
O motor original não é um bom campo
para trabalho: de projeto antigo, cilindrada pequena e pouca durabilidade
se comparado aos motores modernos ou maiores, realmente não renderá muito
preparado. Como o regime de giros já é bastante elevado para a
configuração de projeto original -- a potência máxima ocorre a 5.800 rpm,
normal para hoje, mas elevada para a época --, a preparação aspirada (que
em geral eleva os regimes de trabalho) é pouco recomendada, até porque
acentuará a sensação de motor fraco que o baixo volume do motor
propicia. |
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As curvas de potência (as mais altas) e de torque estimadas para o Chevette com motor GM 2,4 Família II (em azul); com o mesmo motor e preparação aspirada (em verde); e com turbo a 0,8 kg/cm2 (em vermelho) |
Vamos colocar as características de rendimento de ambos os motores para evidenciar esta diferença: | |||||||||
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Observando-se os regimes, parecem
ser motores iguais: as rotações são as mesmas e as curvas de torque e
potência têm forma semelhante -- a de torque é bem plana, e a de potência,
de curvatura positiva bem acentuada. Isso quer dizer que ambos os motores
transmitem sensação de força e exigem poucas trocas de marcha durante a
direção. Mas a modernidade do Família II lhe confere rendimento muito
maior: 52% a mais de potência e 30% a mais em torque, nos mesmos regimes
de rotação e com uma cilindrada 100 cm3 menor. |